Sexta-feira, 29 Março 2024
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Soluções Locais Para Desafios Globais

Soluções Locais Para Desafios Globais
Mais de 6000 Km, 28 horas entre terminais de aeroporto, aviões e carros, e com uma pegada de carbono de 1,87 de toneladas de CO2 (que temos agora de compensar…) a equipa Go Local participou na 2ª Conferência Internacional do Projeto Go Local: Por uma Cidade Sustentável, “Soluções Locais para Desafios Globais”, nos dias 13 e 14 de Outubro em Albena, Bulgária.
Juntamente com as autoridades públicas e outros atores relevantes do Desenvolvimento búlgaros debatemos, reflectimos, apresentámos e partilhámos iniciativas de cooperação entre diferentes atores da desenvolvimento para garantir a sustentabilidade nas suas 3 dimensões e focámos a nossa atenção em temas como: Emprego, Mobilidade, Migrações, Energia, Ambiente, Turismo e Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.
Emprego: o desemprego juvenil é o maior problema que a Europa enfrenta. Em meados de 2013, já a taxa de desemprego juvenil batia recordes e atingia os 23.3%. Os custos económicos e sociais para os Estados-membros são esmagadores e contrários ao crescimento económico que a UE advoga. A resposta passa pelas implementação e execução de políticas nacionais dos 28 e da UE para fomentar o emprego dos jovens, que devem ser coerentes e reforçarem-se mutuamente, e devem incidir sobretudo num ensino (profissional) de elevada qualidade, na formação e proporcionar experiência profissional, permitindo, assim, que os jovens obtenham um emprego estável de qualidade. É também imperativo estabelecer políticas do mercado de trabalho ativas, abrangentes e integradas, orientadas para a criação de empregos, dotadas de medidas específicas para os jovens
Migrações: A mais recente tragédia em Lampedusa, não apaga da memória os mais de 250 mil mortos nos últimos 20 anos em travessias no Mediterrâneo. Não falamos de viagens de lazer, mas na luta pela sobrevivência, na fuga à miséria extrema, à fome, à guerra, à perseguição. A falta de harmonização das políticas nacionais de migração e penalização daqueles que procuram melhorar as suas condições de vida, viola o estatuto da Dignidade Humana. As Autoridades Locais, como atores chave no processo de desenvolvimento devem ser chamadas a intervir neste debate e a reforçar políticas de integração dos migrantes. É a nível local que melhor se pode responder à integração dos migrantes.
Mobilidade: O futuro da mobilidade passa não só pela inclusão de transportes inteligentes e sustentáveis em rotas bem estruturadas e elaboradas, mas também pela procura de fontes de energia alternativas, aplicação das novas tecnologia ao sector, e interligações de meios de transportes, tendo em atenção a eficiência do sistema intermodal e de mobilidade, a segurança, a fiabilidade e informação de serviços. Para além de uma clara aposta na comunicação com os utilizadores é necessário reforçar a sensibilização para a adoção de novos comportamentos de mobilidade.
Eficiência energética: A optimização dos recursos energéticos e a sua racionalização são temas centrais das agendas locais de desenvolvimento. Com um impacto global, a definição de planos municipais de sustentabilidade energética são uma ferramenta essencial para a promoção da sustentabilidade neste sector. A partilha de boas práticas e diálogo entre os Municípios e os fornecedores de energia são alguns dos caminhos apontados.
Ambiente: Na balança do desenvolvimento sustentável e nas agendas internacionais o ambiente tem tido destaque nos últimos anos. A certeza de que os recursos são finitos, os crescentes níveis de poluição, e a perda da biodiversidade associada às terríveis consequências das alterações climáticas força-nos à adaptação de legislação ambiental que assegure o respeito e a salvaguarda do meio-ambiente. Neste sentido a gestão do ambiente urbano é fulcral a qualquer município que tenha uma visão estratégica.
Economia Local: Os negócios locais são um pilar para a economia dos Municípios. O recurso a microcrédito baseado numa análise criteriosa das reais necessidades dos cidadãos e do Município é apontado como uma boa prática. A pressão dos Municípios em assegurar emprego aos seus habitantes não pode contudo conduzir à implementação de negócios e indústrias contrários à política de sustentabilidade. A interligação sectorial e aposta na inovação e tecnologia são alguns dos requisitos para o sucesso da criação de um modelo económico local inclusivo e sustentável.
Turismo: Turismo responsável, eco e agro turismo têm sido apostas de alguns dos maiores Municípios Glocais. Uma boa estratégia de marketing a nível local e regional pode ser uma mais-valia de assegurar o turismo responsável entre os empresários e os consumidores, e é um duplo ganho para os Municípios.
ODM: Os temas promovidos pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, como a redução da pobreza e fome, educação universal, igualdade de género, saúde infantil e materna, sustentabilidade ambiental e parcerias globais são apenas alguns dos temas que os Municípios têm de continuar a dar resposta. Mas as respostas às necessidades locais só podem ser dadas se interligadas a nível local, regional, nacional e internacional. Falar de governança local e desenvolvimento local, não localismo, é falar do glocal. São as Autoridades Locais, pela sua proximidade aos cidadãos que melhor podem identificar bolsas de pobreza, partilhar práticas de educação inclusivas e de promoção de igualdade de género; levar a cabo campanhas de prevenção de saúde e rastreios infantis e maternos, bem como gerir o ambiente urbano.
Na procura de soluções locais para respostas globais, que é o processo mais eficiente para assegurar soluções duradouras e eficazes, capazes de envolver a comunidade em torno de um objetivo comum: o desenvolvimento Sustentável, estes foram alguns dos temas analisados e debatidos pelos mais de 110 participantes na 2ª Conferência Internacional Go Local.
O projeto Go Local: Por uma Cidade Sustentável, liderado pelo IMVF em parceria com a Associação de Municípios Búlgaro, a FAMSI e a IDEAS, é financiado pela Comissão Europeia e apoiado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.
Saiba mais sobre este projeto no portal www.cidadesglocais.org e envolva-se na nossa comunidade com apenas um clique
 

Mais de 6000 Km, 28 horas entre terminais de aeroporto, aviões e carros, e com uma pegada de carbono de 1,87 de toneladas de CO2 (que temos agora de compensar…) a equipa Go Local participou na 2ª Conferência Internacional do Projeto Go Local: Por uma Cidade Sustentável, “Soluções Locais para Desafios Globais”, nos dias 13 e 14 de Outubro em Albena, Bulgária.

Juntamente com as autoridades públicas e outros atores relevantes do Desenvolvimento búlgaros, debatemos, reflectimos, apresentámos e partilhámos iniciativas de cooperação entre diferentes atores do desenvolvimento para garantir a sustentabilidade nas suas 3 dimensões (social, económica e ambiental) e focámos a nossa atenção em temas como: Emprego, Mobilidade, Migrações, Energia, Ambiente, Turismo e Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

Emprego: o desemprego juvenil é o maior problema que a Europa enfrenta. Em meados de 2013, já a taxa de desemprego juvenil batia recordes e atingia os 23.3%. Os custos económicos e sociais para os Estados-membros são esmagadores e contrários ao crescimento económico que a UE advoga. A resposta passa pelas implementação e execução de políticas nacionais dos 28 e da UE para fomentar o emprego dos jovens, que devem ser coerentes e reforçarem-se mutuamente, e devem incidir sobretudo num ensino (profissional) de elevada qualidade, na formação e proporcionar experiência profissional, permitindo, assim, que os jovens obtenham um emprego estável de qualidade. É também imperativo estabelecer políticas do mercado de trabalho ativas, abrangentes e integradas, orientadas para a criação de empregos, dotadas de medidas específicas para os jovens.

Migrações: A mais recente tragédia em Lampedusa, não apaga da memória os mais de 250 mil mortos nos últimos 20 anos em travessias no Mediterrâneo. Não falamos de viagens de lazer, mas na luta pela sobrevivência, na fuga à miséria extrema, à fome, à guerra, à perseguição. A falta de harmonização das políticas nacionais de migração e penalização daqueles que procuram melhorar as suas condições de vida, viola o estatuto da Dignidade Humana. As Autoridades Locais, como atores chave no processo de desenvolvimento devem ser chamadas a intervir neste debate e a reforçar políticas de integração dos migrantes. É a nível local que melhor se pode responder à integração dos migrantes. 

Mobilidade: O futuro da mobilidade passa não só pela inclusão de transportes inteligentes e sustentáveis em rotas bem estruturadas e elaboradas, mas também pela procura de fontes de energia alternativas, aplicação das novas tecnologia ao sector, e interligações de meios de transportes, tendo em atenção a eficiência do sistema intermodal e de mobilidade, a segurança, a fiabilidade e informação de serviços. Para além de uma clara aposta na comunicação com os utilizadores é necessário reforçar a sensibilização para a adoção de novos comportamentos de mobilidade. 

Eficiência energética: A optimização dos recursos energéticos e a sua racionalização são temas centrais das agendas locais de desenvolvimento. Com um impacto global, a definição de planos municipais de sustentabilidade energética são uma ferramenta essencial para a promoção da sustentabilidade neste sector. A partilha de boas práticas e diálogo entre os Municípios e os fornecedores de energia são alguns dos caminhos apontados.

Ambiente: Na balança do desenvolvimento sustentável e nas agendas internacionais o ambiente tem tido destaque nos últimos anos. A certeza de que os recursos são finitos, os crescentes níveis de poluição, e a perda da biodiversidade associada às terríveis consequências das alterações climáticas força-nos à adaptação de legislação ambiental que assegure o respeito e a salvaguarda do meio-ambiente. Neste sentido a gestão do ambiente urbano é fulcral a qualquer município que tenha uma visão estratégica.Economia Local: Os negócios locais são um pilar para a economia dos Municípios. O recurso a microcrédito baseado numa análise criteriosa das reais necessidades dos cidadãos e do Município é apontado como uma boa prática. A pressão dos Municípios em assegurar emprego aos seus habitantes não pode contudo conduzir à implementação de negócios e indústrias contrários à política de sustentabilidade. A interligação sectorial e aposta na inovação e tecnologia são alguns dos requisitos para o sucesso da criação de um modelo económico local inclusivo e sustentável.

Turismo: Turismo responsável, eco e agro turismo têm sido apostas de alguns dos maiores Municípios Glocais. Uma boa estratégia de marketing a nível local e regional pode ser uma mais-valia de assegurar o turismo responsável entre os empresários e os consumidores, e é um duplo ganho para os Municípios. 

ODM: Os temas promovidos pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, como a redução da pobreza e fome, educação universal, igualdade de género, saúde infantil e materna, sustentabilidade ambiental e parcerias globais são apenas alguns dos temas que os Municípios têm de continuar a dar resposta. Mas as respostas às necessidades locais só podem ser dadas se interligadas a nível local, regional, nacional e internacional. Falar de governança local e desenvolvimento local, não localismo, é falar do glocal. São as Autoridades Locais, pela sua proximidade aos cidadãos que melhor podem identificar bolsas de pobreza, partilhar práticas de educação inclusivas e de promoção de igualdade de género; levar a cabo campanhas de prevenção de saúde e rastreios infantis e maternos, bem como gerir o ambiente urbano.

Na procura de soluções locais para respostas globais, que é o processo mais eficiente para assegurar soluções duradouras e eficazes, capazes de envolver a comunidade em torno do objetivo comum que é o desenvolvimento Sustentável, estes foram alguns dos temas analisados e debatidos pelos mais de 110 participantes na 2ª Conferência Internacional Go Local.

O projeto Go Local: Por uma Cidade Sustentável, liderado pelo IMVF em parceria com a Associação de Municípios Búlgaro, a FAMSI e a IDEAS, é financiado pela Comissão Europeia e apoiado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

Saiba mais sobre este projeto no portal www.cidadesglocais.org e envolva-se na nossa comunidade com apenas um clique.

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Conteúdos IMVF: Mónica Santos Silva :: Ana Teresa Santos :: Ana Isabel Castanheira